Atleta paraolímpico Clodoaldo e atrações locais emocionam a abertura da Semana Inclusiva Grande Florianópolis 2017

Florianópolis - Choro, riso, encantamento, vibração, emoção...uma mistura de sentimentos tomou conta de quem estava no Beiramar Shopping na última segunda-feira (18), na abertura da Semana Inclusiva Grande Florianópolis 2017. No vão central, atrações locais e um talk-show com o atleta paraolímpico Clodoaldo Silva revelaram talentos e mostraram histórias que provam que o preconceito é o único obstáculo para as pessoas com deficiência ocuparem todos os espaços sociais.

Público parou para assistir a abertura da Semana Inclusiva
Público parou para assistir a abertura da Semana Inclusiva

A primeira atração foi o Grupo Mosaico fundado em 2006 por servidores e alunos da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE). Os integrantes são pessoas com deficiência intelectual, visual e física que demonstram seu potencial por meio da música. A Banda Mosaico já se apresentou em programas de Televisão e Rádio e em inúmeros eventos ligados à Educação Especial, destacando a Feira da Esperança 2013.

Na sequência entrou em cena o grupo de dança Bengalantes. Formado em 2011 pela Associação Catarinense para Integração do Cego (ACIC),  é composto por deficientes visuais e surgiu com o objetivo de potencializar pela dança o processo de habilitação e reabilitação de pessoas cegas ou com baixa visão. Atualmente 15 alunos integram o grupo. Parte dele fez o público se encantar com a apresentação “Essência”, sob a coordenação da coreógrafa Mara Cordeiro.

A josefense Maria Carolina Crepaldi Vieira, acompanhada do Duo Mar & Sal, tirou lágrimas do público quando soltou a voz. A jovem possui síndrome de Williams, uma rara desordem genética frequentemente não diagnosticada com impacto sobre diversas áreas do desenvolvimento, incluindo a cognitiva, comportamental e motora.  A prova de que os portadores da síndrome de Williams, dentre as características, são falantes, sorridentes, demonstram uma sociabilidade excessiva e revelam uma boa sensibilidade musical foi revelada durante a sua apresentação.

Emoção também causou o Grupo Cantarolar, formado por laringectomizados, pacientes do Centro de Pesquisas Oncológicas de Santa Catarina (CEPON) que, após a laringectomia, tiveram uma alteração dos mecanismos de condução do ar até os pulmões.  O Coral é uma das ações das Oficinas de Arte da Fundação Catarinense de Cultura direcionadas ao público oriundo de processos cirúrgicos de extração das cordas vocais. O projeto piloto de iniciativa da Associação de Câncer Boca e Garganta do Brasil, busca a autoestima individual e coletiva para a socialização e inclusão das vítimas de câncer de garganta e laringe.      

O medalhista paraolímpico Clodoaldo Silva foi a atração nacional da tarde. O atleta encerrou sua carreira após os Jogos Paralímpicos Rio 2016. O nadador coleciona 14 medalhas em cinco Paralimpíadas e o recorde de sete pódios na competição de Atenas em 2004. Clodoaldo ficou na solenidade do início ao fim. Num talk-show conduzido pelo jornalista esportivo Clayton Ramos, dividiu com o público sua experiência de vida.

Clodoaldo ao lado dos artistas locais
Clodoaldo ao lado dos artistas locais


O menino nascido de uma família humilde de Natal (RN) teve os movimentos das pernas debilitados devido a uma paralisia cerebral provocada pela falta de oxigenação durante o parto. A natação veio como tratamento, virou hobby e depois profissão. Um caminho trilhado com garra e determinação pelo garoto que desde cedo dizia que iria ser famoso. “Era comum eu ouvir que eu nunca conseguiria ser nada na vida por causa da minha deficiência. Mas eu acreditava no meu potencial, e era a mim que eu ouvia... nunca duvidei das minhas capacidades, mesmo diante dos obstáculos e venci”.

Trouxe junto com a experiência de um vencedor, uma exposição de medalhas conquistadas no Parapan (Toronto e Rio de Janeiro); medalhas paralímpicas (Sidney, Atenas, Pequim e Rio); tocha do jogos paralímpicos de Londres; tochas jogos paraolímpicos  Rio 2016 e olimpíadas; e  agasalhos usados no pódio e no ascendimento da pira paraolímpica do Rio.

Para fechar a tarde com chave de outro, enquanto Clodoaldo pousava para fotos e dava autógrafos, Fernando Vieira, morador de São José, subiu ao palco para um show de voz e violão. Fernando tem 37 anos de idade, sendo 20 dedicados à música. Aos oito anos foi diagnosticado com retinose pigmentar e perdeu a visão gradativamente. Hoje, mesmo tendo a deficiência visual agravada, segue a carreira artística com apresentações em eventos beneficentes e particulares.

      

O momento mais importante da Semana Inclusiva acontecerá no próximo sábado (23) , é o Dia D. Uma oportunidade para pessoas com deficiências da Grande Florianópolis conseguiram uma vaga no mercado de trabalho junto às empresas que estarão no IFSC da Mauro Ramos, das 9 às 17h, oferecendo possibilidades de emprego.

A Semana Inclusiva termina no domingo (24), com atividades esportivas adaptadas na Beira Mar de São José, a partir das 14h.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação Social MPT-SC

Coordenação: Fátima Reis

Estagiária: Eduarda Hillebrandt

prt12.ascom@mpt.mp.br

(48) 32519913 / (48) 988038833

Publicado em 20/09/2017

 

 

 

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