MPT participa de capacitação de profissionais da saúde visando notificações de adoecimentos ocupacionais e acidentes do trabalho

Florianópolis - Mais de 60 médicos, enfermeiros e assistentes sociais que atuam nas unidades públicas de saúde de Florianópolis estão sendo treinados para notificar e atender pacientes que sofreram doenças ocupacionais e acidentes do trabalho.

A capacitação “o trabalho como um determinante do processo saúde-doença” realizada pela Diretoria de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis teve como foco os profissionais que atuam na porta de entrada dos Centros de Saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPA's), justamente onde os trabalhadores acidentados buscam os primeiros socorros. 

O público presente foi alertado da necessidade de já na acolhida dos pacientes avaliarem a possibilidade de suas doenças, alterações clínicas ou laboratoriais estarem relacionadas ao trabalho.  E, identificada a origem laboral, realizar as orientações trabalhistas e previdenciárias que demandam esses atendimentos, além das notificações/registros. A rotina não somente assegura direitos a estes doentes, como auxilia a Rede de Saúde da capital catarinense a ter um diagnóstico mais preciso das vítimas de acidentes laborais e dos setores produtivos que mais geram riscos à saúde e a segurança do trabalhador.

Os profissionais receberam informações da Saúde do Trabalhador no SUS, das ações junto à Rede de Atenção Primária e dos fluxos em Saúde do Trabalhador que se tem atualmente no município. Houve ainda uma discussão de casos clínicos que a própria Rede demandou à Vigilância em Saúde do Trabalhador da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis e ao Ambulatório de Referência em Saúde do Trabalhador que funciona no Hospital Universitário da UFSC.

Um dos palestrantes foi o Procurador do Trabalho Sandro Eduardo Sardá, coordenador do Projeto Nacional de Adequação das Condições de Trabalho nos Frigoríficos do Ministério Público do Trabalho (MPT-SC). Sardá dividiu com o público sua experiência de atuação num dos setores da economia que mais adoece trabalhadores no Brasil e falou da importância das equipes de saúde em identificar e notificar patologias decorrentes da inadequação das condições de trabalho. “Pesquisas realizadas em anos distintos apontaram que Santa Catarina desponta como o Estado que mais gera adoecimentos ocupacionais exigindo políticas públicas de notificação dos agravos a saúde relacionados ao trabalho e adequação da organização do trabalho", alertou.

Fonte: Assessoria de Comunicação MPT-SC

Coordenação: Fátima Reis

Estagiárias: Bruna da Silva Ferreira

                  Laís dos Santos Godinho

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  Publicado em 10/04/2019

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